
Escrita por um Albert Camus de 25 anos, a peça nos apresenta o terceiro Imperador romano, Caio César Germânico, vulgo Calígula, como um homem desesperado por sentido em um mundo violento e fútil, e esse homem é o senhor do mundo. Ele forçará todos os limites do seu poder imperial, até onde aguentar a classe política, tentando deduzir, a partir da "lógica", quais seriam as consequências naturais dos valores do mundo em que vivemos, qual a postura "lógica" a ser adotada em um mundo aparentemente sem sentido, onde "os homens morrem e não são felizes", se você é o Imperador de Roma, se você tem o poder nas mãos, se é o próprio poder. Evidente que as consequências dessa lógica são brutais e intoleráveis para a vida, o exercício da vida, a preocupação com o estar vivo - e Calígula deverá romper inclusive com esta barreira.
O texto é devastador, no seu ímpeto de incompreensão de um mundo injusto, no seu íntimo desejo de utopia. Vamos ver se damos conta do recado.
Quem quiser saber sobre Albert Camus:
http://www.camus-society.com/
e sobre o Calígula histórico:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cal%C3%ADgula
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