terça-feira, 14 de setembro de 2010

Podre paisagem

Podre paisagem

Pobres perambulam,
pedem
pulsam
pagam
padecem


Povo para

Políticos permanecem
perpetuam-se
pecam
preparam pontes, praças, prédios públicos
privatizam potências.
Primeiro pedem propina
para poder procriar pólos podres
poder passear: praia, piscina, Paris!

Políticos passeiam
pintam, pulam.
Políticos podem.

plenário – planalto - pocilga

Políticos poliglotas: paletó, pente, peruca
polidos, poderosos.

Partidários,
partidos prosperam, procriam
PG, PN, PXYZ, P.Q.P.

Políticos... pensadores podres.
Potentes!
Potências podres.

Povo peregrina
Paulo
Pedro
Papa
Pôncio Pilatus

Purgatório
Povo paga

Povo perde
pede paz, pede pai,
povo pulsa

Pode parecer pessimismo,
porém primeiras paginas publicam: Planeta padece

Povo procura postura
Perde-se

Pobre provo:
Pedreiro
Pintor
Peão
Passista

por quê?
Porque padecer perdendo
Parece pecado
Penumbra
Pena

Povo pede perdão
Pai, promessa pastoral.
Paraíso.
Pra quê?


Povo precisa
Povo precisa partir

Políticos prometem peixe, pinga, parques, prazer
Povo paciente pensa
Políticos, Prefeitos, padres, pastores: parem
Povo pede pouco
Povo pede pão

Peço pressa
Pinto pequeno poema pedindo paz
Prosperidade, paixão e ponto.


Juliano Dip

2 comentários:

Rui Xavier disse...

puta poema pertinente!

Dimitri disse...

É o Brasil com P

http://letras.terra.com.br/gog/317599/

Parabéns pelo poema