quinta-feira, 25 de agosto de 2011

CÃO



Espetáculo tragicômico discute situação da mulher contemporânea, a influência do dinheiro nas suas relações amorosas e o machismo

Ele é um cão, e acredita nisso. “Ele”, na frase, é o personagem do espetáculo Cão, texto de Rui Xavier, com o Núcleo 1408 – Companhia de Teatro Invenção, que estreia dia 8 de setembro de 2011, no SESC Consolação. O “cão” (Rui Xavier) divide a cena com sua esposa (Hévelin Gonçalves), publicitária bem sucedida, que se vê numa situação absurda: seu marido, em determinado momento, como agravamento de uma depressão, passou a se comportar como um cachorro, sem falas, mas que impõe sua existência ao lado da mulher.

O espetáculo gira em torno da questão: o que fazer com o marido “cão”, afetado pela Licantropia Clínica? Essa doença rara, pesquisada pelo médico suiço Christian Scharfetter, no Burghölzli Psychiatric University Hospital, em Zurique, é detectada principalmente em casos de transtornos afetivos e esquizofrenia.

A protagonista esconde seu marido de todos, temendo que o bizarro do caso afete a sua imagem de empresária bem sucedida. Mas em determinado momento, a situação chega ao limite. Nessa hora, ela convida a plateia para ouvir sua história e testemunhar/aprovar sua solução.

Na sua linguagem teatral moderna e intimista, a peça convida o espectador a refletir sobre temas urgentes na sociedade atual – não apenas o sucesso da mulher na sociedade de trabalho, mas o trabalho e o dinheiro sobre os seres humanos – ao mesmo tempo em que o surpreende e diverte com a história inusitada e surreal.







Para dar conta da proposta de imitar o animal de forma convincente, parte do processo de criação de Rui Xavier consistiu em frequentar, em um pet shop, aulas de agility (modalidade em que cães percorrem uma pista de obstáculos) orientadas por um treinador e ao lado de cães de verdade.

Em contraponto ao realismo da interpretação do casal de atores, o cenário é minimalista, dominado por um único objeto: inspirado nos importantes quadrados coloridos do abstracionismo na pintura (principalmente os trabalhos monocromáticos de Yves Klein e Kasimir Malevich), no fundo da cena há uma parede, feita de tecido translúcido e iluminada por trás. As cores mudam com os efeitos obtidos pela gravação, edição e projeção de nanquim na água.


Criação: Samya Enes, Hévelin Gonçalves e Rui Xavier Elenco: Hévelin Gonçalves e Rui XavierOlhar Externo: Samya Enes Texto: Rui Xavier Figurinos: Hévelin Gonçalves Iluminação: Alexandre Lavorini Cenário: Rui Xavier Imagens do audiovisual da peça: Samya Enes e Rui XavierImagens do material promocional (vídeo e fotos): Raphael Enes Edição de som, vídeo e programação visual: Rui Xavier Trilha Sonora: L'Apprenti  Sorcier, de Paul Dukas (1897).

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Serviço
Estreia: Dia 8 de setembro de 2011, quinta, às 21h.
SESC Consolação - Espaço Beta – 3º andar
Rua Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, São Paulo, SP
Tel: 011 3234-3000
Duração: 80 minutos
Temporada: De 8 a 30 de setembro, quinta e sexta, às 21h
Recomendação etária: 14 anos
Lotação: 45 lugares
Preços: R$ 10,00 (inteira); R$ 5,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 2,50 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).

Canal Aberto Assessoria de Imprensa
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